Eu protesto.
O símbolo dos centavos carrega, em si, o amplo descontentamento com a (des)ordem estabelecida na gestão e no modus operandi Brasil.
Jovens nas ruas contrastam com a costumeira docilidade do nosso povo – índole boa pra maioria dos tratos da vida! Mas, de vez em quando, se faz necessário mudar o tom para gritar, chutar a porta e deixar claro que, como está, não está bem! Nada bem! E, por não estar nada bem, junto-me a todos que gritam e mostro minha indignação e protesto.
Eu protesto contra o jabá.
Eu protesto contra a corrupção.
Eu protesto contra a ineficiência e insolência do serviço público que o governo de todas as esferas me oferece.
Eu protesto contra a insaciável cobrança de impostos do governo.
Eu protesto contra essa educação de baixa qualidade e politicamente orientada que perpetua a perversa herança prussiana.
Eu protesto contra a falta de segurança que não deixa meu filho brincar na rua.
Eu protesto contra a demonização do empreendedorismo.
Eu protesto contra os programas que corrompem os cidadãos com trocados.
Eu protesto contra os agentes políticos que não respondem pessoalmente por seus atos.
Eu protesto contra a monocultura ditada por meios de comunicação onipresentes.
Eu protesto contra a tentativa do governo de ROUBAR os direitos autorais para uso conforme seu interesse.
Eu protesto contra a falta de arte na educação.
Eu protesto contra a falta de esportes na educação.
Eu protesto contra 140 caracteres.
Eu protesto contra o orçamento ridículo que os governantes destinam à cultura.
Eu protesto contra a obrigatoriedade da filiação sindical.
Eu protesto contra o vandalismo.
Eu protesto a favor dos protestos que ganham as ruas do Brasil!
Sofremos por causa de uma máquina gestora do país, leia-se governo, com um tamanho desproporcional à necessidade, o que apenas escancara a ineficiência daqueles que estão no timão. A única exceção à regra é a boca – máquina arrecadadora – que faz, à risca de suas diretrizes e metas, o orgulho de eficiência deste governo! Tamanha eficiência apenas nos faz sentir ainda mais achacados, pois mostra que é possível fazer bem feito no Brasil! Uma mentalidade arcaica e corporativista entrava o desenvolvimento dos trabalhadores e das empresas, jogando no colo das últimas a pesada mão de uma legislação arcaica, anacrônica.
O empreendedorismo é punido, pois ameaça os velhos hábitos de vira latas da economia brasileira que cria dificuldades para vender facilidades. Quem empreende, dá emprego e gera riqueza – da qual o maior quinhão vai para o governo – é tratado como inimigo número 1 das benesses dos trabalhadores! Mentiras, manipulação, corrupção desenfreada e muito dinheiro público despejado em publicidade para calar a imprensa são as ferramentas usadas por esses governantes sem absolutamente nenhuma competência para o cargo! Há exceções? Estou procurando e ainda não encontrei nenhum político que o seja…
Quase 40% de toda a riqueza produzida no Brasil vai para a mão do governo. Onde vai parar esse dinheiro? Onde está o retorno para a população? Onde está o benefício gerado pelo que nos é imposto e cobrado? É hora de apresentar a conta e cobrar, dessa vez, para o lado de cá!
A indignação deve tomar as ruas e, de forma pacífica, exigir uma mudança radical no paradigma de gestão pública. Falta-nos opção, todavia…
Mas a situação é insustentável! A lista de reclame é interminável! O que fazer? Ninguém sério se candidata a um cargo público, pois já conhece a putaria que rola! Quem segura o rojão??
Não há como regredir, não há como voltar para um estado letárgico que vive prá si, renegando sua população. Argentina, Venezuela, Colômbia e Paraguai não são exemplos políticos que nos interessam – vão na contramão da história. Um novo modelo, baseado nas realidades e potencialidades do Brasil deve ser cunhado. Temos as ferramentas, as riquezas, capacidade e habilidades necessárias para fazer um país melhor. Faltava sair pras ruas e clamar por uma nova ordem!
Sinto que essas linhas recheadas de chavões desgastados e de ideias confusas e misturadas, mas que apontam numa mesma direção, ganham um novo sentido, pois emanam da entonação das pessoas que se aglomeram para exigir mudança e que fundem-se a um sentimento que tenho trancado há muito tempo! Indignação e protesto!
Eu quero que mude; eu quero que melhore; eu enchi o saco desse bando de governantes ladrões e corruptos; eu protesto contra estes governantes e quero que eles trabalhem para nós ou, caso não o façam, que deixem seus cargos JÁ!
nei
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