O brete da Vida

Quando nascemos, há apenas uma certeza: a morte.
Desde o dia do nascimento até o último suspiro de vida, temos a convicção de que a vida se mantém.
É um engano comum e aceitável, pois não pressupõe maldade alguma, simplesmente vê o copo meio cheio e não meio vazio. É natural que ajamos com o intuito da auto preservação em uma luta inglória e com o resultado já sabido, fazendo variar apenas o tempo do jogo. Com esse pensamento, imagino a vida como um mero passatempo. Um tempo de ação onde/quando fazemos algumas coisas, entre elas: amar, comer, crescer, constituir família, trabalhar…
É isso…
Essa simplificação exagerado que estou fazendo da vida faz com que ela – a própria vida – pareça um brete. Um brete onde caminhamos sem saber onde vai dar, desconhecendo o próprio trajeto.
Às vezes, recebemos uma estampa que coloca, como uma ampulheta virada, o tempo restante de jogo. As ampulhetas nunca são muito precisas – é comum a areia trancar -, mas, invariavelmente, a areia acaba caindo e encerra-se o tempo dado.
É assim…
A consciência do brete, da ampulheta e do próprio jogo pode causar angústia. Faz parte, vem junto. A angústia pode ser substituída pela resignação, pelo aceite.
Há pouco o que fazer…resta só a vida.
Vivamos a vida!
Bjs,
nvs