Cuidado Com o Que Você Não Gosta

Cuidado Com o Que Você Não Gosta

De vez em quando, me pego lembrando algumas coisas que aconteceram e me fazem rir sozinho de mim mesmo!

Algumas vezes, refuguei ou deixei de lado coisas que, mais tarde, passei a amar! Normalmente, esse tipo de situação acontece com alimentos, roupas ou pessoas!

Lembro de um amigo ter me apresentado um tipo de pimenta e eu ter dito a ele que não era muito fã de pimenta… hoje, não vivo sem! Foi o mesmo com os espumantes!

Havia alguns conhecidos que jogavam golfe, há muitos anos atrás, e eu achava que era um esporte bobo e elitista… Por favor, enquanto eu puder caminhar, jamais me deixem sem o meu golfe!!!!!!!! Sou viciado confesso!

Uma coleguinha do Theo – uma garotinha adorável de 10 anos que é um doce de espoleta e diz que não gosta de mim – comprou uma calça vermelha e um tênis vermelho iguais aos que uso! Ri muito e tiro sarro dela desde que soube!! Os pais dela disseram a ela: Tu tá parecendo com o Nei, com essa calça e esse tênis! Ela mostra língua e disfarça! Ela diz que não gosta de mim, mas eu pisco o olho prá ela e ela ri…. super divertido!

Lembro de pessoas, lugares e situações que vivi e conheci e que refutava, num primeiro momento. Depois, passado um tempo, passava a adorar e amar, querendo incorporá-las a minha vida…

Tenho certeza que cada um de vocês têm uma história dessas para contar. Mas nunca esqueçam daquilo que vocês não gostam, pois vocês poderão estar diante do seu próximo grande amor!

Bjs,

nvs

Pessoas

Pessoas

Pensando sobre o modo como eu falo e, observando como os outros se expressam, vi saltar a diferença de como as pessoas – e eu também – se colocam no contexto que narram.

Mas sobre o que, exatamente, estou falando?

Eu estou falando sobre a maneira que alguns falam, enquanto agentes, enquanto sujeitos. Alguns na primeira pessoa, outros na segunda e, boa parte, na terceira!

Por que isso acontece?

Foi o que fiquei pensando…

Logo lembrei o clássico caso do Pelé, que é sempre citado por falar dele mesmo na terceira pessoa! Ele é o caso escrachado, é a caricatura da inserção do próprio narrador/sujeito como alegoria aumentativa das gloriosas histórias onde “ele” está atuando!

Começando pela terceira pessoa, penso que, tirando os casos como o “d’ele” – Pelé -, o uso da terceira pessoa na narrativa é muito útil quando estamos narrando uma situação hipotética, investigativa, até! Uma situação onde verificamos as possibilidades sem comprometer o que de fato poderá acontecer.

Falando com um amigo, dia desses, ele me contava uma história assim, onde a terceira pessoa era o instrumento para deixar a narrativa descomprometida, caso fosse necessário. Era como uma saída de emergência, caso a interpretação da narrativa ocorresse de forma equivocada! Haveria sempre a possibilidade de descolar o “ele” do “eu” – a terceira pessoa da primeira! Dei-me conta disso e perguntei a ele se ele dava-se conta, também, de que o uso da terceira pessoa, naquela narrativa, era uma saída de emergência. Ele apenas riu…

Os que usam a narrativa na segunda pessoa, o fazem para confundir, de forma contundente, a história com o ouvinte, transformando em agente aquele que é mero espectador. Colocando na pele de quem viveu a história aquele que apenas a está ouvindo.

É claro que existe a narrativa na segunda pessoa, que não é artifício de linguagem, e que é feita por um narrador que salienta a pessoa à medida que se refere àquele para quem ele fala. Faz, assim, com que o agente seja, também, o ouvinte da própria história! Esse seria um uso “acadêmico” da segunda pessoa. Hein?!..rsrss.

Bem, mas dando sequência ao delírio: eu sou do grupo que usa, normalmente, a narrativa na primeira pessoa. Tenho a impressão de que quando narro usando o “eu”, comprometo-me com o que estou dizendo, não deixando margem do que quero dizer. No uso da primeira pessoa, não há saída de emergência, como na terceira pessoa. Nem há o envolvimento de alguém que não pertence à narrativa, originalmente, como na segunda.

Eu uso, algumas vezes, a mistura das três pessoas para fazer citações dentro do que estou narrando. Para exemplificar, com outras histórias na segunda ou terceira pessoa, a minha narrativa em primeira.

Por exemplo: é como se tu colocasse uma série de argumentos ilógicos sobre o que eu penso que estou escrevendo ou, ainda, se o presidente fosse discursar sobre esse assunto!:p

Entenderam? Eu, cada vez, menos…

Bjs e bom final de semana!

nvs