2010/2011
Queridos amigos que acompanham o blog,
2010 está indo embora sem deixar muita saudade, enquanto 2011 se aproxima nos enchendo de esperança! Esperança de ter um ano melhor, com mais saúde e amor!
Em 2011 nos encontraremos na estrada e nas ondas musicais que vibrarão no novo disco que pretendo lançar.
Sejam melhores e tentem se superar, principalmente, em suas qualidades! Vou tentar fazer o mesmo!
Bjs a todos e feliz 2011!
nvs
Vilania
O vilão é aquele que faz o mal, achaca seus pares para proveito próprio e impõe uma disputa ardente com o seu eterno oponente autointitulado: “o bem”.
Se nos debruçarmos com um pouco mais de cuidado veremos que quase sempre se trata apenas de uma questão de versão para identificar quem realmente é o vilão e quem é “o bem”.
Ao longo dos anos, fui tachado de vilão em algumas situações onde eu percebia de forma diferente o que estava se desenrolando. Foi assim com um ou outro que já tocou comigo e que posou de coitadinho e explorado quando, a meu ver, apenas atestava a sua incompetência e falta de talento para cuidar da sua própria vida e projetava em mim o motivo do seu fracasso e desgraça! Foi assim também quando o idiota que mora debaixo do meu apartamento falou um monte de bobagens numa reunião de condomínio para encobrir as mentiras do seu par. Vendo quem eles são, com quem andam e o que fazem da vida, fico feliz em saber que os absurdos que vieram desses cidadãos tenham vindo justamente deles, pois faz sentido! Eu ficaria preocupado se esses disparates viessem de pessoas que respeito e tenho consideração e carinho.
Nestas situações, ser descrito como vilão foi um verdadeiro alívio. Ser apontado como maquiavélico e conspirador me trouxeram tranqüilidade. Ter assistido ao espetáculo épico do autoproclamado “bem”, dirigindo seu dedo feroz contra minha ardente trama vil, me absolveu!
Após os episódios que vivi sempre vestia minha capa negra – com duas letras “V”, em estilo gótico, de “Van Vilan” – e me recolhia ao meu castelo entre raios e trovões para continuar conspirando contra os pobres coitados que sofreram a ira da minha vilania!
Huhohahehuhihooouuuu!
(Vincent Price saindo de cena enquanto dá sua clássica gargalhada macabra)
Bjs e tomem cuidado!
nvs
Delicadeza – Universo Feminino
A delicadeza é uma qualidade exclusiva do universo feminino.
Homens não são, em sua essência, delicados, pois têm em seu âmago a brutalidade indispensável à sobrevivência. As mulheres, em contrapartida, por razão inversa, são fonte de delicadeza. Delicadeza que conduz à leveza e, em conceitos sócio-comportamentais, à bondade e compaixão.
Não estou dizendo que não existam homens delicados nem mulheres brutas. Mas estes traços, característicos dos gêneros, só são desenvolvidos pela persistente busca da evolução de cada indivíduo.
A delicadeza é breve e sutil, mostrando-se sempre em silhueta delineada contra a luz projetada numa veste transparente – pura sedução!
A brutalidade é bidimensional, em tons de cinza, de aparência mineral. Ocupa o espaço inconsciente do seu entorno – um elefante numa casa de cristal!
É como o perfume da rosa – delicadeza – e a raiz firme que sustenta a roseira – brutalidade. O perfume ganha vida e se espalha entregando seu melhor e atraindo o que precisa para perpetuar seu gene – insetos para levar seu pólen. A raiz se mantém firme na tarefa ingrata de se agarrar às vísceras da terra, sugando cada nutriente que cruzar seus filamentos radiculares, cada gota de chuva que penetrar seu entorno pelo solo, custe o que custar!
Assim, a simbiose relativa aos gêneros se completa e autoexplica seu sentido existencial fazendo com que a delicadeza exista apenas para justificar a brutalidade – mais uma vez o gênero masculino sobrepuja o feminino que, tranqüilo quanto à sua importância, se faz de ínfero.
Bjs,
nvs
O Urso se perde na Floresta
Na eterna reflexão que o período de festas traz, na insensata correria que impomos a nós mesmos, na crescente ansiedade que geramos nas crianças, nos intermináveis desejos que despejamos aos que queremos bem e nos atribulados encontros e desencontros que o destino nos proporciona, recolho meus pensamentos à análise dos caminhos que tomamos.
Escolhas.
“Uma construção do cotidiano devotada ao bem viver é refletida nas águas limpas do semblante do seu construtor.”
“O urso nunca se perde na floresta, ele sabe aonde vai e como encontrar o que precisa. A noção de estar perdido em seu habitat natural não existe.”
Nós inventamos “estar perdido”.
Nós somos ursos travestidos de civilidade. Buscamos o conforto e a fartura. Ambas levam à decadência, obesidade e prepotência – são autodestrutivas! Internamente sabemos disso, mas, invariavelmente, como o ponteiro certeiro da bússola, apontamos e nos dirigimos para este norte.
Depois de ter lido, quase “por acaso”, um texto do Saramago, entendi a importância do que ele diz: “temos de nos referir ao passado para entendermos o presente”. Mas daqui, do presente, vivemos no limiar do futuro que se concretiza em indeléveis fatos em gerúndio. Ainda, nesse labirinto mental, transparece, com certa clareza, que a confusão criada na vida cotidiana das pessoas – no passado, presente e futuro – reflete nada mais do que a figura do urso perdido na floresta.
Mas como isso é possível?
Isso só é possível porque não somos ursos de verdade e nosso habitat não é mais natural. Estamos distanciados dali. Estamos construindo e moldando seres de um mundo paralelo que pairam nos passatempos comerciais citados no post do Saramago.
Que em 2011 consigamos construir um habitat decente para nossa existência.
Bjs a todos e Feliz Natal
nvs
Solidão Poética
À poesia falta música
Se completam quando juntas
Viram algo diferente
Nem poesia, nem canção
A música falta à poesia
Quando sempre é monótona
Não traz delicadeza
Não entende a variação
A poesia vive só
Em silêncio na leitura
No silêncio se têm música
Na poesia solidão
As Mulheres não Gostam de Sexo
Dizer que as mulheres não gostam de sexo é uma afirmação forte, porém, verdadeira. Verdadeira na medida em que você comparar o gosto que os homens têm por sexo.
A constatação de que os homens têm duas cabeças que pensam de forma independente, nunca simultaneamente e, muitas vezes, intermitentemente, estabelece o funcionamento da lógica masculina quando a chave comutadora do fluído sanguínio ordena que o fluxo deve ir para cima ou para baixo alternando, assim, o comportamento hora social, hora animal, do gênero masculino.
As mulheres, pelo simples fato de terem apenas uma cabeça que pensa de forma constante e sem comutações dispersivas, conseguem manter a cabeça pensante no comando do seu comportamento – tanto o animal, quanto o social -, daí a constatação que as mulheres não gostam de sexo!
Não estou querendo dizer que elas não têm prazer ou vontade de fazer sexo de vez em quando. Claro que não! Elas gostam e têm vontade, mas só não é tão freqüente quanto os homens!
Os homens gostam e têm vontade sempre!
Pode ser até que o “pingolim” não esteja mais funcionando tão bem, mas não importa! A cabeça pensante, quando a chave comutadora de fluído sanguíneo permite, trata de dar suporte à fantasia do seu par!
Com as mulheres a situação acontece de forma diferente, conforme a idade:
As mulheres na casa dos 20 se dividem, basicamente, em 2 grupos: aquelas que esperam e selecionam o candidato a príncipe encantado fazendo jogo duro e cena de romance, cedendo ao sexo apenas se for realmente necessário para selar o futuro; e aquelas que vão a todo lugar e usam camisetas com o ditado: “Good girls go to haven, bad girls go everywhere”! Para estas, sexo é só um adorno ao look!
Já as que estão nos 30 começaram a perder o romantismo e passam a ouvir o relógio biológico berrando no seu ventre, enquanto partem pra definição, buscando o par ideal, ainda que ele venho com alguns probleminhas de fabricação! O sexo passa a ser uma ferramenta de controle consciente na manipulação do sexo oposto e um ato objetivo de perpetuação da espécie e da supremacia feminina. Gostar, ou não, está em segundo plano.
As mulheres depois dos 40 gostam menos ainda de sexo e essa característica vai ficando cada vez mais intensa nas décadas seguintes! Isso porque as mulheres têm preocupações mais nobres do que o sexo. Deve ser pelo fato delas já terem tido seus rebentos e não precisarem de novas tratativas íntimas para manter ou renovar a prole, certo?
Errado!!
Essa intimidade exclui os rebentos do contato com a mãe e assim diminui o tempo que ela destina a eles. Conclui-se que o sexo é um obstáculo ao sentido existencial materno nesta altura da vida! E, se precisarem de prazer, o shopping preenche bem esse quesito!
O desinteresse feminino só aguça a obstinação fálica dos homens, só faz aumentar a loucura que eles (nós) temos quando vemos uma bunda passar… na primavera os homens parecem aqueles ursos na pesca do salmão e, no verão, na beira da praia, uns verdadeiros abobados da enchente de ‘42!
Até hoje a espécie humana tem sobrevivido desta forma; o homem, apesar da indiferença feminina, resiste; as mulheres… bem, as mulheres talvez, um dia, descubram que sexo é bom!
Garotas: guardem as pedras!!!!
Hahaha…
Bjs,
Nvs
Wikileaks e afins…
Tenho acompanhado o recente burburinho criado em volta do vazamento de documentos “top secret”, da diplomacia americana, feito pelo Wikileaks.
Fiquei traçando um paralelo do que faz o Wikileaks com os documentos alheios e os downloads ilegais de música – hoje tão banalizados e aceitos como “harmless”, ou seja, sem causar mal a ninguém.
Imaginei se todos que acham bacana que o Wikileaks possa quebrar o portão de entrada da casa (site) onde são guardados os papéis datilografados (telegramas) que contém mensagens confidenciais de um setor do governo que cuida do interesse de um país e, ainda, posar de herói; que todos que pensam assim do Wikileaks também acham que tá tudo bem em baixar músicas/filmes/seriados, de seja lá quem for, num compartilhador de arquivos qualquer, pois acredita que não está causando mal a ninguém e, no final das contas, só tá a fim de curtir um som/filme/seriado e, de quebra, “ajudar” a divulgar aquele artista que tanto gostam (sic!). Imaginei ainda, baseado nesses meus “achismos”, que essas mesmas pessoas acham que a internet é um meio democrático e caótico onde a permissividade é maior e os danos meramente virtuais!
Agora, façamos um exercício mental um pouco diferente. Digamos que uma organização sem fins lucrativos, ligada a fundamentalistas de alguma religião puritana, resolva vasculhar computadores pessoais mundo afora para buscar informações individuais e, possivelmente, constrangedoras que atentem contra a “moral” deste grupo, que tem a missão de transformar o mundo transgressor num lugar com pudor!
Bem, ainda dentro do nosso exercício mental, essas varreduras acontecem o os resultados começam a ser divulgados pela rede. As varreduras conseguem filtrar as informações e colocá-las disponíveis por cidades/comunidades, então, cada um pode procurar pelos resultados digitando o nome da sua cidade.
Aí você vai lá e digita seu nome, mais os de alguns conhecidos, para ver o que acontece e o resultado divulgado é o que segue:
Aquela sua foto com o barrigão pra fora, feita na praia com um copo de caipira numa mão e a bunda de uma mulata na outra; a foto de que você fez para mandar de aniversário pro seu namorado na qual você estava só de calcinha, numa pose extremamente lasciva; o vídeo que você tinha feito, numa madrugada insone, da sua vizinha transando com o namorado e com o porteiro, no apartamento ao lado do seu; as cartas de amor nas quais você fantasia uma noite de intimidades com seu colega de aula e que você nunca mandou, pois ele não sabe que você existe; o seu diário que avacalha com cada membro da sua família, que só te dá dor de cabeça; a sua declaração de IR adulterada com a conta de quanto você economizou sonegando informações de rendimentos extras à Receita Federal; o pai do coleguinha do seu filho que freqüenta a sua casa é um travesti!
Agora responda:
O que você acha do Wikileaks e do download sem permissão dos autores?
Tem um ditado que diz:
“Não faça com os outros o que você não quer que façam com você.”
Tem outro mais pertinente:
“Pimenta no cú dos outros é refresco”
Bom final de semana a todos!
Bjs,
nvsleaks