Fazer pão

Fazer pão

Fazer pão é uma arte. Tenho uma grande admiração por quem faz pão em casa. Acho uma demonstração de carinho e afeto dedicar um tempo para confeccionar um alimento tão fundamental para nossa vida e compartilha-lo com aqueles que vivem com a gente.
O pão é envolto em simbologia e misticismo. Quem nunca ouviu falar na divisão dos pães impetrada por Jesus? Quem nunca escutou ou disse sentenças como: vais comer o pão que o diabo amassou! Nossa!!! Lembro, ainda, de ter lido em algum lugar que, nos últimos anos de vida, John Lennon fazia pão em casa e, na impossibilidade de enviá-los aos amigos, tirava fotos e as mandava no lugar dos pães! Tô mais nessa linha…rsrsrs.
Mas minha admiração e envolvimento com o pão restringe-se ao palato e a fatores alimentares, simplesmente. Há muitos anos, estou atento a informações sobre como os pães são feitos, os fermentos, as farinhas, cocção e tipos de massa. Experimentei pães em muitos lugares – cidades e países – diferentes. Filtrei sabores, nutrientes e processos que me apeteciam mais. Idealizei habilidades e exercitei minha paciência no aguardo do momento de começar essa saga. Fazer pão é uma arte e deve ser tratada como tal! Sabia que no momento em que fizesse o primeiro pão, iria incorporar essa atividade à minha vida e passaria a fazê-lo para sempre.

Há algumas semanas, cruzei com um blog que começaria uma odisséia coletiva e virtual de fazer pão – pain au levain, precisamente. Um processo de cultivo da levedura natural, sem adição de fermento químico ou outro acelerador qualquer.
Meu sino tocou! Era o que eu estava esperando!
Acompanhei diariamente o desenvolvimento do processo e os comentários daqueles que se aventuraram, em todos os rincões do Brasil, nessa aventura coletiva. Eu estava apenas observando, pois não tinha, em função dos meus compromissos, condições de fazer o pão junto com o grupo.
Foi muito interessante ver todo o processo, desde o início do levain até a primeira fornada. Não há mistério – é pura simplicidade!
Quem quiser ver o blog que citei, aqui vai o link: http://blogs.estadao.com.br/luiz-americo-camargo/page/5/
É o blog do Luiz Américo Camargo, que escreve para o Estadão. Não o conheço, mas simpatizei com ele pelo simples fato de trazer à tona algo tão bacana. De fato, a proposta que ele fez coincidiu com uma que eu pretendo lançar em algum momento – e que já havia citado no meu twitter algumas semanas atrás – que é compor uma música com vocês através do blog e depois disponibiliza-la aqui mesmo! Já vão pensando…

Voltando ao pão, meu primeiro nasceu ontem. Foi feito conforme as dicas do blog que citei acima. Foi uma experiência especial cultivar o levain e fazer o pão, principalmente porque contou com a participação do Theo! Ele me ajudou muito em todo o processo, inclusive na hora de comer!!!
Espero que vocês curtam essa experiência e se aventurem na arte de fazer pão!
Bjs,
nvs

Show no Teatro Túlio Piva

Olá Pessoal!
O segundo semestre promete muitos shows!
Julho e agosto serão recheados de muitas gigs. Junho não será tanto, pois estarei viajando…
Por hora, vou passar pra vocês o serviço do show de amanhã, em Porto Alegre, e deixo a promessa de atualizar a agenda e dar um “up” no site! Por favor, não deixem de mandar sugestões!!!

Nei Van Soria
&
Sargento Malagueta

Teatro de Câmara Túlio Piva (Rua República, 545)
Ingresso: 1kg de alimento não perecível
Data: 25 de maio
Horário: 19:30

Nos vemos lá!
Bjs,
nvs

Preguiça e Pain au Levain

Preguiça e Pain au Levain

Tenho andado preguiçoso para escrever. É uma preguiça de ter que cravar os dedos no teclado e tentar traduzir o que passa na minha cabeça na velocidade que meus dedos alcançam.
O problema é que minha cabeça tem girado num rpm muito alto e os dedos não dão conta, pois assim que um assunto se desenvolveu e atingiu seu ápice, outro já entrou na pauta e se fez prioritário.
Essa preguiça tem deixado um monte de assuntos de fora do blog e longe de vocês que lêem essas linhas.
Tenho certeza que isso acontece com vocês, às vezes. Há ocasiões que nem as palavras traduzem, na velocidade adequada, o que passa na nossa cabeça, o que se dirá da velocidade dos dedos em digitar as intrincadas teias da escrita.
Mas procurei não dar muita bola pra isso, apesar da vontade de continuar escrevendo por aqui. Procurei não dar bola, pois sei que, na vida, passamos por uma sucessão interminável de fases. Costumamos ter a ilusão de achar que passando essa fase as coisas vão voltar ao normal ou coisa parecida… mas não!! A vida é um caminho sem volta! Temos que ir vivendo e fazendo tudo que queremos fazer sem deixar que essa desculpa esfarrapada de que “essa fase já vai acabar” nos afaste da inquietude “vivencial”.
Sei lá, acho que é assim mesmo: fazer do jeito que dá, sem idealizar tanto. A ampulheta tá virada e, conforme as leis da gravidade, a areia só cai para baixo, passando pelo estreito no presente, esvaindo, junto com ela, o tempo passado.
Tô feliz de tocar e fazer o trabalho que faço. Acho que é sempre bom darmos uma olhada em volta e pensar se estamos construindo o que gostamos; se estamos vivendo com quem amamos; se produzimos algo que enaltece nosso ser interior; se temos sido bons e honestos com a gente mesmo e, em conseqüência, com os outros. Isso é uma reflexão cotidiana que, às vezes, vem à tona com mais clareza e importância, apesar de estar sempre presente.
Em função de tudo isso, comecei hoje o processo de fazer pão no método tradicional: pain au levain.
O que tem a ver uma coisa com a outra?! Nada… só quis falar isso pra vocês!!!
Hahahaha…
Bjs a todos,
nvs