Breve

Breve

Os Mamonas Assassinas foram breves. Enquanto assistia o jogo do Inter contra o Curitiba, ouvia a torcida cantando uma versão da música dos Mamonas.
Lembro quando eles foram na Good Music. O japa, guitarrista da banda, se não me engano, descobriu o kazoo- instrumento típico americano que nós importávamos na época. Conversamos rapidamente sobre alguns aspectos da música, de forma superficial.
Nunca dei grande valor aos Mamonas.
Alguns poucos meses depois, o fatídico acidente deu fim à trajetória de sucesso que a banda tinha obtido.
Fiquei triste por ver uns meninos talentosos – por mais que eu não gostasse da música que eles faziam – sucumbirem em uma fatalidade desnecessária.
Abreviou-se uma existência fadada ao êxito, independente do mérito, de alguns garotos que tinham, na autenticidade da sua música, o privilégio de alegrar as massas.
Foi breve e interessante, mas lamentável.
Foi, da mesma forma breve e lamentável, a história de um conhecido produtor de shows que havia contratado – e comprado – vários shows do Mamonas, ver o seu investimento se desintegrar em um lamentável episódio. Ele entrou em depressão após o acidente.
Também sofreu um conhecido produtor artístico que teve as primeiras gravações do Mamonas sobre sua mesa por meses, à sua mercê, e desprezou as mesmas, achando que não eram grande coisa. Não posso culpar esse produtor – acho que eu faria a mesma coisa…
A perda foi enorme – eles eram talentosos!
Bjs,
nvs

DVD – 40 anos

DVD – 40 anos

Chegou a hora de começar a falar sobre o DVD!
Sei que muitos de vocês andam curiosos pra ver como ficou aquela noite mágica que comemorei meus 40 anos em um show no bar Ocidente – reduto onde o Rock Gaúcho começou a ferver!
Ontem, fui à Farofa Filmes e pude me deliciar com muitas cenas, praticamente prontas, que farão parte do DVD. As imagens, a textura e o clima do show estão fantásticos! Tenho certeza de que conseguiremos trazer para a tela toda a ambientação que tivemos naquela noite. Foi realmente especial, assim como será o DVD!
Ainda não temos nada que possa ser mostrado, mas começamos a trabalhar com o objetivo de estar com ele pronto em setembro. Vamos fazer o máximo pra que isso aconteça!! ….rsrsr….tomara que dê certo!!! Eu sei que tinha dito que lançaríamos no primeiro semestre, mas não deu – paciência!
Assim que tiver um “tira gosto” pronto, vou postar pra vocês que são habitues do blog.
Por enquanto é isso!
Tô louco que fique pronto!!!
Bjs,
nvs

Neufert

Neufert

Falei, esses dias, sobre um livro inspirador de Einsten que trazia suas impressões do mundo – e do universo!
Pois outro livro que caiu em minhas mãos, e que é igualmente inspirador, traz um universo de informações no campo da forma. Trata-se da bíblia dos arquitetos que eu, mesmo convivendo no meio deles por anos, só fui descobrir agora. E o engraçado é que foi por causa de um galinheiro!
Sim, por causa de um galinheiro.
No sítio, nós temos uma pequena horta, árvores frutíferas e, claro, algumas galinhas que nos dão – se elas não derem, nós pegamos à força rssrs… – seus ovos. Afinal, quando começamos a nos dar conta de que boa parte da comida que temos acesso – aquela que é vendida nos supermercados, por exemplo – é produzida com rações que têm antibióticos e hormônios, dá vontade de buscar fontes alternativas mais saudáveis. E, tendo esta possibilidade lá no sítio, tenho gosto especial em melhorar a vida dos bichinhos que nos fornecem seus produtos!
Nesse clima, comecei a pensar em fazer um galinheiro novo. Comecei a pesquisar e, falando com meu cunhado, ele mencionou o Neufert.

- Que Neufert? – eu perguntei.

Ele me contou que era um livro que tinha tudo!

- Tudo? Como assim? – perguntei de novo.

Depois de dar umas risadas, daquelas de quem sabe de algum segredo, ele confirmou que tinha tudo! Tudo que um arquiteto ou engenheiro precisava saber para projetar e construir! De hospitais a estádios, passando por casas e estábulos. E até para construir um galinheiro!
Não entrava na minha cabeça um livro com tantas informações. Não entrava na minha cabeça, porque eu achava que não entrava em um livro – é muito informação!
Peguei o livro na mão.
É verdade, tem tudo!
Fiquei chocado!
Logo imaginei como seria um livro na música que tivesse tudo! Um Neufert musical. Tudo em termos musicais: ritmo e melodia; arranjos e estrutura da canção; técnica e improviso. Coisa de louco!
Meu devaneio não parou por ai, não. Fui imaginando outros livros à La Neufert, até que me lembrei do Google Earth. Depois, do Google Sky. Fiquei pensando que, a partir do conceito organizacional que o Neufert conseguiu estabelecer em seu livro, o Google poderia trasladar para o mundo virtual algo com o mesmo alcance. Começaria com Google Humano, onde o corpo humano seria um universo a ser explorado: desde as unhas do dedo do pé até a intangível psique que acontece de forma misteriosa dentro do cérebro.
Outros seguiriam a série: o Google Atômico. Este exploraria o conceito elementar da matéria.
Não para mais….o mundo animal, vegetal, das idéias.
Mas é importante que fique claro que não se trata de uma enciclopédia, mas, sim, de um manual de execução com instruções claras e com ilustrações explicativas!
O descortinar de um conceito simples torna possível alçar vôos mais longos, seguros e confortáveis em qualquer ambiente, em qualquer meio, para qualquer fim.
Assim, depois que o brilhantismo do engenheiro alemão Ernst Neufert que, um pouco antes da segunda guerra mundial, conceituou a bíblia de engenharia e arquitetura para o mundo, aterrissei do meu devaneio e vou construir o novo galinheiro do sítio!
Bjs,
nvs

Nuvens II

Nuvens II

Hoje, depois de muitas semanas sem derramar uma só lágrima, as nuvens começam a soltar sua tristeza, num choro manso e de passo leve.
Esse choro faz a nossa alegria, pois, aqui na terra, choravamos de tristeza pela secura interminável.

“Nada de novo, chove em Porto Alegre.”

bjs,
nvs

A obsolescência das atualizações

A obsolescência das atualizações

Tenho um amigo que vive perdido nas possibilidades das atualizações. Ele já é bom no que se propõe a fazer, mas são tantas possibilidades que se abrem a cada nova versão de hardware e software que ele segue, ininterruptamente, fazendo atualizações do seu equipamento para ficar na crista da onda. Não é necessário dizer o quanto essas atualizações requerem em termos de tempo, dedicação e dinheiro!
O problema disso é que ele nunca consegue começar a fazer, de verdade, o que ele se propõe a fazer. Ele acha que ainda não está pronto, pois tem uma versão nova que está pra sair e, aí sim, ele poderá começar – diz ele. Mas quando essa versão nova sai, outra já aparece no horizonte. E, assim, o ciclo segue indefinidamente!
Esse aprisionamento que o meu amigo vive sem se dar conta é vivido por muitas outras pessoas, pois vivemos, enquanto “sociedade moderna”, de forma simbiótica com a tecnologia. A armadilha pregada por essa tecnologia, que nos serve de forma silenciosa e submissa, acaba seduzindo os que encontram nos meios, um fim.
As atualizações tecnológicas intermináveis são a prova do quanto se pode, ainda, evoluir no melhoramento da nossa qualidade de vida, mas o paradoxo do novo tornar-se velho, a uma velocidade cada vez maior, aprisiona aqueles que não se dão conta que o nosso hardware humano não tem atualização que o faça esperar pela versão perfeita de seja lá o que for. Temos pressa! O tempo, ou melhor, o nosso tempo é finito!
É preciso deixar, no hiato entre as atualizações, que a obsolescência se instale, para que se possa desfrutar um pouco dos avanços proporcionados pelas maravilhas tecnológicas.
Em breve, a versão 5.2 deste post estará disponível.
…rsrsrsrs.
Bjs,
nvs

A clareza das idéias – o óbvio!

A clareza das idéias – o óbvio!

Eu fico impressionado com a qualidade que algumas poucas pessoas têm de traduzir suas idéias de forma clara. Conseguem fazer, quem estiver ouvindo ou lendo, compreender a idéia sem pensar à respeito de como isso aconteceu – simplesmente entende a idéia. Assim é a comunicação plena, pois aquele que teve a idéia, ordenou-a na sua mente, concebeu a forma de tradução e obteve êxito para transmiti-la a outros.
É óbvio, não?!
Não é tão fácil quanto parece. Tenho certeza de que, pelo menos uma vez na vida, você que está lendo essas palavras já tentou explicar alguma coisa pra alguém e esse alguém não captou o que você estava querendo dizer – você tinha tido um insight, mas ninguém acompanhou a sua idéia! Passou…
Estou lendo um livrinho de bolso que ganhei numa livraria, pois eu tinha comprado outros tantos livros para dar de presente de natal. Pois bem, este livrinho que veio de brinde conta como Einstein percebia o mundo e de como suas idéias se formavam e eram concebidas. E, o principal, para mim, é a forma como ele descreve esses conceitos, visões e, em última instância, idéias que brotam na sua cabeça de forma clara, fazendo com que tudo pareça óbvio!
Um outro livro caiu em minhas mãos recentemente e tive a mesma percepção, mas isso é assunto que merece um outro post!
Bjs,
nvs

Nuvens

Nuvens

Quando eu era pequeno, achava que quando chovia em Porto Alegre, chovia no mundo inteiro (acho que já contei isso, aqui no blog). Não conseguia imaginar que no resto do mundo não estaria chovendo. As nuvens eram, na minha cabeça, uma cobertura que abraçava o céu todo!
À medida que comecei a expandir meus horizontes, consegui visualizar um mundo maior do que eu enxergava e que sofria ações diferentes, em tempos distintos. Fui aprendendo a ver a Terra como um todo onde os ventos, as nuvens, as chuvas e as secas obedeciam um movimento e ação indiscriminados sobre a superfície que habitamos.
Mas a chuva sempre me chamou mais a atenção do que os outros fenômenos, porque vinham pelas nuvens!
Logo, me lembro da música do Hermes Aquino, Nuvem Passageira, que é belíssima e merecia uma regravação! Quem sabe…
Mas, voltando às nuvens que trazem a chuva, elas sempre foram fonte de devaneio. As formas mais loucas se formam no céu e vão mudando num balé sem coreografia. E o que me instigava, quando criança, era de onde as nuvens vinham, pra onde iam e, principalmente, como conseguiam flutuar carregando tanta água dentro delas. Um pouco como nós…
“Eu sou nuvem passageira, que com o vento se vai…”
Bjs,
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