Vozes Solitárias
As vozes solitárias são as vozes que inovam o mundo. As vozes coletivas, não.
Cada voz solitária traz consigo características indissociáveis à personalidade que a possui. As vozes solitárias trazem a angústia do incerto; as coletivas, a ignorância da falta de ousadia. Não têm valores diferentes, apenas essências diferentes.
A constatação de que é impossível obter qualquer mudança inovadora a partir de uma voz coletiva joga a atenção àquela que tem a singularidade capaz de tornar coletiva uma voz solitária, implantando, assim, uma mudança profunda da percepção – antes restrita a uma única pessoa – coletiva.
Mas qualquer mudança inovadora que surge de uma voz solitária só será verdadeira se em algum momento a mensagem dessa voz ecoar no coletivo – possível paradoxo. Aí, sim, se tornará efetiva a inovação e seguiremos nossa evolução enquanto espécie. Caso não encontre eco, terá sido um grito no vazio da multidão, sem valor – sem ninguém para ouvir.
Bjs,
nvs
Temos a mania de dar vida a tudo.
Arrancamos uma folinha, que até então tinha vida própria, junto à árvore, e atribuímos a ela uma identidade nova e independente – nova vida. Uma nuvem que passa no céu, ganha feições, vontade e personalidade – alguma que nos agrada. É assim, assim que nós somos.
Talvez a psicologia decifre essa simples e irrepreensível atitude que temos em relação a tudo que nos rodeia. Talvez alguém, com mais destreza nos mistérios da mente humana, saiba identificar essa incorrigível humanização que impomos àquilo tudo que é inanimado.
Talvez seja apenas a nossa simples, irrepreensível e incontrolável vontade de não querer ficar só.
Bjs,
nvs
Experiências que modificam
Há experiências que têm o poder de nos modificar. Têm um impacto tão grande na nossa vida, é uma vivência tão reveladora, que modifica toda uma forma de ver a própria existência.
Algumas acontecem de forma corriqueira como, por exemplo, um choque elétrico, um acidente, uma viagem ou, ainda, o nascimento de um filho.
Agora, há experiências que são privilégio de poucos. Ver a Terra do espaço, eu acredito que seja uma delas. Imagine só! Você lá no espaço, flutuando em alguma espaçonave, vendo aquele corpo planetário girando, com bilhões de pessoas dormindo, acordando, comendo, fazendo cocô! Uma loucura!
O sujeito que vai pro espaço, vê a Terra e depois volta, com certeza, volta diferente. Não sei se melhor ou pior, mas que muda, muda! Acho que dá pra ter uma noção real da importância das coisas e colocá-las na perspectiva correta. A distância, literalmente falando, ajuda a elaborar e dar valor ao que realmente tem valor! Não há como sair de uma experiência como essa da mesma forma que entrou – impossível!
Na formação educacional de uma pessoa deveria existir certo número de experiências práticas importantes e potencialmente modificadoras, desde xadrez, drogas, literatura, música, viagens e provas físicas de resistência – imagine fazer jovens adolescentes urbanos passarem uma semana sem acesso a eletricidade. O paradigma educacional baseado em teorias deveria ser subvertido em ferramenta de desenvolvimento pessoal individual e não de acúmulo de conteúdo, muitas vezes, inútil.
É… eu gostaria de ver a Terra do espaço. Quem sabe um dia…
Bjs,
nvs
Conselhos
A todo minuto as pessoas nos dão conselhos. Independentemente de pedirmos ou não, as pessoas nos aconselham. Algumas vezes, os amigos vêm e nos falam; outras vezes, são os parentes.
Os assuntos sobre os quais as pessoas dão conselhos variam desde como você deve cortar o cabelo até se você deve ou não se separar da sua mulher!
Aqueles que dão os conselhos, solicitados ou não, não refletem com maior profundidade sobre os efeitos na vida daquele para quem o conselho é destinado. Simplesmente, dão sem se importar, pois têm o sentimento que estão contribuindo com sua sabedoria e experiência, em um ato pleno de abnegação, para safar o aconselhado de uma situação, no mínimo, de dúvida.
Essa é o lado dos conselhos inoportunos – de pouco uso.
Por outro lado, há conselhos que são dados e que nem sempre se está pronto para entendê-los. Pessoas com mais experiência e, em geral, sabedoria, procuram aliviar os reveses típico da existência do próximo, numa verdadeira lição de compaixão e desprendimento.
Compartilham de forma carinhosa, em toques sutis, como vivenciaram experiências análogas, deixando para quem ouve, encontrar a ligação entre o que já foi vivido e o que está por ser vivido.
Tirar proveito destes conselhos valiosos, ao contrário do primeiro caso, depende não de quem dá, mas de quem recebe!
Concluo que conselhos não devem ser dados, apenas recebidos.
Bjs
nvs
Agora Vai!
Entre uma indignação e outra, sobre as barbaridades dos trapalhões incompetentes que regem a fazendola chamada Brasil, tenho passado meus dias de férias fazendo a manutenção do meu barquinho, um hobie cat 14´, para poder curtir umas velejadas e buscar inspiração na brisa do mar.
Faz, praticamente, uma semana que cheguei em Santa Catarina e tenho trabalhado no veleiro todos os dias. Ontem, finalmente, substituí as peças com problemas por novas e, agora, falta apenas montar o mastro e içar a vela!
O hobie está posicionado à beira mar, pronto pra encontrar a água salgada. O mastro está deitado sobre o reboque aguardando sua vez de impor-se, soberano, sobre o quadro de alumínio que une os dois cascos. Os lemes estão levantados, resguardados dos choques contra a areia que separa o veleiro do mar.
Está tudo certo, está tudo pronto. Amanhã vai acontecer a primeira incursão marítima da temporada.
Mais cedo estive na vila, aqui perto da casa onde ficamos, e falei com o Douglas, dono da farmácia local que me vendeu o hobie, há alguns anos, e combinamos de sair amanhã à tarde. Enquanto conversávamos, apareceu outro conhecido e parceiro de vela que chamam de Nanga. O Nanga é uma figura à parte! Ele divide suas atividades entre o surf, a vela, instrução de ioga, quebra-galho de mecânico e nos finais de semana ajuda no restaurante da Dona Dominicia, tia dele. Parceria da boa!
Tá tudo certo, amanhã vai! Quando vocês estiverem fazendo alguma coisa no meio da tarde, lembrem que estarei no meio do mar olhando ao longe e tirando de foco o olhar!
Bjs,
nvs
Líderes Anacrônicos
É preocupante ver líderes latino americanos se perpetuando no poder com discursos populistas e atitudes totalitárias. Chaves e Morales e mais alguns outros de menor expressão, encontram eco na manutenção da pobreza e ignorância de seus povos.
Acho que dentro dos próximos 5 anos, presenciaremos alguma guerra sem sentido impetrada por um desses 2 desqualificados que reinam em suas fazendolas arcaicas, no momento em que forem ameaçados para sair do poder.
Portam-se como senhores feudais, encastelados em sua riqueza natural ou calcados em promessas vazias às etnias majoritárias de sua população, que vivem distanciadas, por manipulação dos meios de comunicação e/ou repressão, das correntes mais progressistas de outros lugares!
Esses caras, pode-se dizer assim, são mais ou menos como a família Sarney, que está lá no Maranhão, chupando as tetas da sua capitania hereditária. Alguém precisa dizer pra essa gente que tá na hora de sumir!
Bjs,
nvs