Farewell 2008!

Farewell 2008!

Último post de 2008.
O último, o final, o derradeiro significa que algo está por começar. O fim precede o começo, como o ciclo interminável e transformador de cada período contabilizado que faz ser diferente o novo ciclo que aguarda sua chance de existir. O simples fato de andar pela mesma rua, por mais que seja uma repetição do cotidiano, sempre será diferente, apesar de ser a mesma pessoa, na mesma rua, fazendo a mesma caminhada. Entenderam? Nem eu….rsrs. Não importa! …rsrsrs
A contagem do tempo e a forma como percebemos sua passagem é basicamente uma simbologia que criamos para manter a esperança de um porvir melhor. Mas esse porvir – esperança – será o resultado das ações já feitas. Então, muito do que acontecerá em 2009, já está determinado pelas coisas que cada um já fez em 2008. Leia o seu futuro! Dê uma repassadinha no que rolou na sua vida neste ano que está acabando e saiba o que acontecerá no ano que começa daqui a pouco.
Caso você fique em dúvida ou não consiga ter muita clareza do que rolou e, consequentemente, do que vai rolar, não se preocupe tanto com o marcador de tempo anual – que normalmente contamos de 1° de janeiro até 31 de dezembro. Escolha outro período, digamos de 18 de setembro até 23 de março, e faça esse exercício de novo. Assim, você poderá ler o seu passado e o seu futuro, fazendo, então, ele do jeito que quiser.
Que 2009 seja bom! Que a vida seja celebrada com quem amamos e que sejamos todos felizes! Sempre com um pouquinho de tristeza também, pra que não esqueçamos nunca o que é felicidade!
Obrigado por freqüentarem o meu blog durante todo esse ano. Ano que vem, tem mais!
Bjs,
nvs

Não há vitória na guerra

Não há vitória na guerra

Há poucos minutos atrás, liguei pra falar com uma tia que vive em Israel. Ela mora em um kibutz, um tipo de comunidade idealizada num molde socialista, que visitei quando fui à China, no ano passado.
Ela vive lá desde a década de 50 e testemunhou os vários conflitos que já entraram pra história, como a guerra dos 6 dias e a do Yom Kipur. Conversamos um pouco sobre o que está acontecendo, nos dias de hoje, na faixa de Gaza e ela me disse que é a primeira vez que ela está com medo. Caíram alguns foguetes nos campos do kibutz e, cada vez que um é lançado em sua direção, toca uma sirene de alerta que dá cerca de 15 segundos para que as pessoas corram para o bunker. Situação ruim.
Do lado árabe, a desgraça das mortes e destruição é mais explícita e chocante. É triste ver uma população inteira aprisionada dentro de uma área pequena sem possibilidade de sair e entrar. Parece-me que o extremismo não dá espaço à moderação, criando uma aura de terror que se perpetua e não permite a escalada armamentista e da violência arrefecer.
Infelizmente, não vejo solução no horizonte.
O povo árabe e judeu são irmãos, povos com a mesma origem. E briga de irmão, não tem fim.
Por mais que Israel tenha obtido êxito nos confrontos que já ocorreram desde a sua criação e que tenha uma clara supremacia militar para se manter vivo em meio hostil, as guerras geradas por este impasse não tem vitorioso. Todos perdem.
Os dois povos trabalhando juntos em prol do bem estar de todos seria melhor.
Espero que essa guerra que está em andamento cesse logo e que a desgraça que se abate sobre a cabeça de árabes e judeus acabe. Que seja encontrado um caminho do meio de convivência pacífica. Não precisam se amar, basta que não se odeiem.
Bjs
nvs

Altas Profundidades

Altas Profundidades

Nessa semana encontrei o Bebeto (Alves) na Good e o convidei pra me visitar. Chegou lá em casa e logo engrenamos num papo que transitava desde a cena musical autoral gaúcho/carioca até as diferentes vertentes econômicas à espreita de uma chance de provarem-se.
Foi bem legal. Lá pelas tantas, o Bebeto me larga um comentário do tipo:

- Pô, sempre que a gente se encontra entramos em altos papos!

Eu dei uma risada e concordei. O que ele dizia era verdade! E é engraçado, porque não rola com todo mundo. Ao contrário, normalmente as pessoas cumprem um ritual de formalidade com assuntos superficiais até entrar em algum outro mais profundo ou consistente. Muitas vezes, a conversa não sai da superfície.
Depois fiquei pensando sobre isso e me dei conta de que tenho alguns amigos, entre eles o Bebeto, que isso acontece. Pode ser que tenhamos apenas uns poucos minutos, fruto de um encontro fortuito, mas é o suficiente pra mergulharmos em altas profundidades!
Não deixem de visitar o site do Bebeto – www.bebetoalves.com.br
Bjs,
nvs

Natal

Natal

Nesta época do ano, todo mundo fica mais bonzinho. Não é verdade? As pessoas colocam pra pegar um pouco de sol a sua gentileza, bondade, compaixão e preocupação com o próximo. Qualidades, estas, que passam trancadas, lá dentro, no escuro, o ano inteiro, vêm à tona pra arejar e fazer a trincheira menos bruta – a vida mais bela!
Espero que o natal dure todo o ano, com os espíritos mostrando o seu melhor. Com as pessoas querendo ser exemplo de vida e comportamento a serem seguidos por aqueles que observam.
É simples e, por isso, tão difícil – mas não impossível!
Sabe de quem depende né? Então, mãos à obra!
Bjs e feliz natal,
nvs

Eu vi!

Eu vi!

Pessoal! Na última quinta eu assisti a um primeiro corte das imagens do DVD. Fiquei impressionado e ainda estou assimilando. Valeu à pena ter feito todo o registro em full HD. A textura, cor e definição são realmente impressionantes! Sem falar na performance do artista, claro! …rsrsrs.
Durante a sessão, fui mergulhando na atmosfera do show e me sentindo como parte da platéia, ou melhor, como se o show fosse só pra eu assistir. Private gig! Tenho certeza de que vocês terão essa sensação quando assistirem pela primeira vez!
Quando sai? Acho que é isso que vocês querem saber, né?
Vai demorar um pouco, pois tem muito trabalho pela frente. Ainda tem que acabar a edição, os extras, mixar todo o áudio, etc. Mais umas boas centenas de horas de trabalho. Mas o lançamento será no primeiro semestre de 2009.
Bjs,
nvs

O dedão adormecido

O dedão adormecido

Não é belo, glamoroso, elegante ou cheiroso. É só um dedão, um dedão adormecido.
Ninguém sabia a razão do dedão estar adormecido. Alguns tinham dito que era por causa de um tropeço ao longo do caminho, afinal, o dedão já caminhou muito nessa vida e nem sempre o trajeto foi fácil. Pelo contrário, foram inúmeras provações! Força, determinação, coragem e vontade de seguir em frente fizeram desse dedão, um dedão vencedor.
Mas o fato dele estar adormecido por vários dias levantava todo tipo de suspeita. Chegaram a colocar a culpa na unha que, encravada na sua carne, fizera o dedão desistir dos sentimentos e se entregar à inconsciência. Mas a unha não tinha nada a ver com o pandemônio que estava se criando.
Tudo estava ficando um pouco bizarro.
O dedão direito, diga-se de passagem, tivera uma vida plena e alegre até o dia em que sentiu uma sonolência que foi aumentando, aumentando até chegar ao ponto de adormecê-lo por completo. O seu comparsa, do lado esquerdo, nunca sentira nada e seguia sua vida normalmente.
Era difícil acreditar no que estava acontecendo. Resolveu-se levar o dedão para um exame detalhado a fim de determinar a causa de tudo aquilo. Como poderia um dedão cheio de vida e alegria adormecer sem razão? Era uma verdadeira insanidade!
Nos raros momentos em que o dedão adormecido recobrava um pouco da sua consciência, dizia que ouvia uma risada ao longe. Uma risada como a de uma hiena. Uma risada de uma hiena que andava em círculos, como um antigo disco de vinil arranhado que gira na vitrola – looping infinito e debochado. Estava aqui a pista chave!
Depois do exame feito dentro de uma turbina de avião, onde a turbina girava a toda velocidade fazendo um barulho altíssimo para determinar com qual volume o dedão acordaria, ficou claro aquilo que o próprio dedão já sabia, no seu íntimo. Sentia-se como um fantoche sendo manipulado por fios longos que passavam pela vitrola. Na verdade, pelo disco. Bem na verdade, pela hiena que reverberava a sua dor por estar ali aprisionada entre as vértebras tiranas que insistiam em prensá-la contra o disco.
Tudo era triste e um tanto hipnótico, levando o pobre dedão a permanecer adormecido.
A hiena não estava rindo. Ela estava chorando, chorando de dor.
O dedão continuaria adormecido até que a hiena se calasse. E, para que ela se calasse, teria que ser libertada daquela prisão – da dor. Só o tempo poderia responder às preces de liberdade da hiena.
Bjs
nvs

Prova Teórica – 27/30

Prova Teórica – 27/30

Depois da prova de paciência que durou 6 dias – noites, na verdade – quando tive que fazer o curso para poder tirar minha segunda primeira habilitação para dirigir, fiz, na semana passada, a prova teórica.
Cheguei ao local onde fazem a prova e, depois de esperar por mais de 1 hora e meia, sentei em frente a um computador para testar os conhecimentos teoricamente adquiridos nas aulas da auto-escola. Lembrem-se, afinal de contas é a minha primeira habilitação. A segunda primeira, mas, mesmo assim, primeira.
Achei que seria uma prova fácil, mas não foi. Li as primeiras cinco questões e sabia responder apenas duas. Uma senhora que estava sentada ao meu lado estava inquieta e levantava-se da cadeira enquanto comentava algumas coisas como quem quer puxar assunto. Isso estava me tirando a concentração.
Ela estava preocupada com o tempo restante para prestar a prova. Pra quem não sabe, o candidato tem duas horas para responder trinta questões objetivas.
A senhora não parava quieta e sugeri que ela chamasse o fiscal para tirar alguma dúvida. Ela agradeceu. Chamei o fiscal e ele disse, após verificar no computador, que ela podia ficar tranqüila, pois tinha mais 50 minutos responder as questões. A senhora não agüentou a pressão e disse que não podia seguir. Mesmo depois de mais de uma hora, ela ainda não tinha começado a responder. Pediu, finalmente, ao fiscal que terminasse com aquela agonia e que encerrasse a sua prova. Ele perguntou se ela tinha certeza e ela confirmou. O fiscal, com dois cliques, encerrou o martírio da pobre candidata a motorista.
Pude voltar à minha prova. Respondi as questões, deixando duas ou três em branco para responder na revisão. Cheguei ao final da prova e voltei ao começo. Revisei aquelas que eu tinha respondido e marquei as que tinha deixado em branco. Marquei a conclusão da prova, confirmei e sai.
Passaram-se pouco mais de vinte minutos enquanto eu prestava o exame. Tinha que acertar vinte e uma questões para passar. Acertei vinte e sete. Queria ter gabaritado. Afinal, tinham me dito que a prova era fácil! Se realmente fosse, eu teria acertado todas!
Mas calma, pois ainda falta ter aulas práticas e fazer o exame de direção. Serão quinze aulas no total. Depois de vinte e dois anos dirigindo, acho que ainda dá pra aprender alguma coisa. Pelo menos é o que eu espero. Novos capítulos virão! Urgh!
Por enquanto, eu saio pelas ruas, loucamente, cantando: “agora eu dirijo (sem carteira) um carro roubado” ….haha
Bjs,
nvs

O Perfeito é…

O Perfeito é…

Semana passada, num daqueles dias escaldantes que tivemos, aqui em Porto Alegre, cheguei em casa em tempo de pegar o pôr do sol.
Peguei uma Heineken e fui pra sacada. Dei uma olhada nos meus moranguinhos e na nova safra de araucárias, plantadas nesse último inverno. Depois de molhá-los e ter certeza que estavam todos bem, sentei e fiquei admirando a paisagem enquanto a cabeça devaneava.
O sol tinha se posto há poucos segundos e as nuvens, algumas tipo rabo de galo, pairavam solenes em formas puras e aleatórias, resultado único das pressões sofridas nas diferentes altitudes, através das quais, elas se espalhavam. Todas sofriam ação luminosa do sol, já ido para os meus olhos, que insistia em colorir a parte de baixo das nuvens com um vermelho alaranjado, quente. Ao mesmo tempo era possível sentir que esse calor amornava, com o passar dos minutos, e era possível sentir na pele a temperatura da nuvem baixar.
As formas e cores estavam dispostas no canvas celeste como um prenúncio da noite profunda e tranqüila que chegava.
Eu estava envolvido completamente pela a visão. Foi fácil entrar num estado de observador inerte, sem movimento, só percepção, aberto aos detalhes pintados no céu. Tudo perfeito!
Comecei a pensar em como aquelas nuvens estavam dispostas lá no alto e em como todo aquele arranjo luminotécnico gasoso era absolutamente perfeito, mesmo não havendo uma simples forma considerada perfeita nos moldes geométricos. Eram todas disformes, com pontas, rebuscadas, espessas e rareadas, com consistência falha. Difíceis de traduzir e categorizar. Comecei a considerar a perfeição como um conceito diverso daquele usado por nós corriqueiramente.
De repente, me assustei ao ver uma linha reta que surgira de um momento para outro, por detrás de uma das nuvens. A condensação dos vapores emitidos pelas turbinas do jato que cruzava o céu era horrível! O choque foi grande. Todo aquele arranjo equilibrado perdeu a leveza com aquela linha.
Imediatamente comecei a pensar sobre o conceito de perfeição geométrico que temos e de como ele está invertido pelos padrões usados pela natureza. Não há, na natureza, formas ditas perfeitas – círculos perfeitos, quadrados perfeitos, linhas retas perfeitas. A perfeição da forma é disforme, de acordo com os nossos padrões. A observação das manifestações, principalmente, de vida apresenta funções orgânicas fundamentais para a sobrevivência das espécies. De ácaros até elefantes, não há linhas retas ou em ângulo uniforme por toda sua extensão corpórea. As manifestações dos líquidos, sólidos e gases ocorrem de igual forma.
Ficou fácil perceber que o domínio humano sobre a natureza da forma é mera fagulha comparada à fogueira.
O perfeito não é reto. O perfeito não é redondo, nem quadrado.
O perfeito não tem forma.
O perfeito é…
Bjs e bom final de semana!
nvs

Hoje é quarta

Eu busco sempre o lado lúdico das histórias que conto, ao contrário dos tantos cronistas que escrevem nos diários e blogs mundo a fora. Eu tento dar asas à minha loucura, nada mais. Loucura essa que é o antídoto da loucura, propriamente dita. Não tenho a pretensão de dizer como é que é ou trazer uma leitura definitiva sobre determinado assunto. Claro que não! É só minha opinião.
Claro que seria muito mais fácil nos dias de hoje ser louco. Louco de acreditar em todas as porcarias que vendem pela televisão e de achar que, por ainda não ter um GSM 3G, eu tô fora da parada, entende?! Se não entende, também não tem problema, pois estamos aqui pra isso mesmo: tentar entender, só que nem sempre conseguimos! Mas tentar entender é uma opção.
Hoje é quarta, dia de enlouquecer!
Mas acho que o mais importante em escrever sobre muitos assuntos diferentes é a tentativa de entender o que existe de verdade nas experiências que vivo. Acho que a extrema especialização das profissões e atividades mina o desenvolvimento pessoal. Se eu ficasse aqui só debulhando o meu teclado e falando sobre música, seria um saco! Acho que as pessoas tinham que entender de coisas diferentes – campos diferentes. Por exemplo: um médico tinha que entender um pouco sobre artes plásticas e aumentar sua sensibilidade, ajudando assim na compreensão da vida do seu paciente. Um pintor, em contrapartida, tinha que saber um pouco de medicina e saúde para ouvir os conselhos do seu médico e não morrer desnecessariamente como Portinari, que morreu intoxicado pelo chumbo da tinta amarela que usava.
A especialização extrema está cortando o elo do conhecimento com a sua origem e sentido de existir, criando um novo problema. É um exercício de tolerância e compreensão, na verdade, pois se compreendermos processos que ocorrem em nossa volta, fora do nosso mundinho, e vermos como eles se desenvolvem nos campos do conhecimento que são diferentes do nosso, poderemos contribuir pra melhorar o nossa própria vida e, consequentemente, a vida de todo mundo. Mas tudo isso apenas se houver ética! Aí é outro post!
Bjs,
nvs

Monstro do Armário III

Monstro do Armário III

Soldadinho, palhaço, boneca, um menino e, é claro, o Monstro! Esses são os personagens que vocês verão no clipe de Monstro do Armário. Filmamos no último domingo e a edição está em andamento. Por enquanto, mostro uma fotinho pra vocês verem os personagens.

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Divertidíssimo!
Bjs,
nvs